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Leia: Como se comportar na entrevista de emprego



Consultora orienta candidatos na fase presencial do processo de seleção.










Para evitar respostas ensaiadas, os recrutadores vêm transformando o modelo clássico pergunta-resposta da entrevista de emprego em um ambiente propício ao diálogo e à espontaneidade. E se em situações previstas os candidatos estavam sujeitos a gafes, que dirá hoje em que o inusitado e o inesperado estão cada vez mais presentes nos processos de seleção.

O Empregos.com.br conversou a respeito do tema com Renata Damásio Magliocca, consultora do Grupo DMRH. Assista ao vídeo!



Principais recomendações

Tem uma preparação que a gente considera positiva que é, antes de você vir para uma entrevista, resgatar, fazer uma linha do tempo sua. Na sua cabeça, tem gente que gosta de escrever, lembrar dos principais momentos que você enfrentou, desafios pessoal, acadêmico ou profissional, mas também venha preparado para lidar com perguntas que às vezes você nem imaginava que viriam na entrevista porque depende também do que a empresa está buscando.

Então a melhor recomendação é: prepare-se antes, resgatando os seus momentos, mas seja você, seja mais natural, que é melhor para você e para empresa.

Roupa

A vestimenta tem a ver com a cultura da empresa, o que a gente poderia avaliar com a vestimenta. Mas para não errar, às vezes a gente não tem acesso à cultura da empresa, como as pessoas se vestem, então para não errar eu diria que o melhor é você não se arriscar. Venha com uma camisa social, uma calça social, um sapato social que você não está errando.

As mulheres, cuidado com fendas, decote, excesso de maquiagem, porque isso pode passar uma mensagem diferente daquilo que você gostaria de passar. E os homens cuidado só para não parecer informal demais sendo que você pode estar participando de uma entrevista de uma empresa que exija mais formalidade.

Sobre qualidades e defeitos

Hoje em dia, o recrutador, se pergunta esse questionamento, ele até faz de outra maneira, porque as pessoas já vêm com respostas prontas como “eu sou perfeccionista, teimoso”. Todo mundo tem como ponto negativo ansiedade, perfeccionismo ou teimosia.

O que é o diferencial é o recrutador que às vezes vai perguntar isso sim, mas pedir para contar uma situação prática da sua vida onde isso ficou claro que era um ponto fraco ou um ponto forte. E aí você vai ter que realmente responder. E aí se você só ensaiou aquilo porque é politicamente correto responder que é perfeccionista, mas de fato você não é e não considera aquilo um defeito você vai estar em uma enrascada porque você não vai ter um exemplo, uma situação para contar ao recrutador.

Então eu acho que se ele fizer uma pergunta clichê venha com uma resposta possível de depois você justificar e que tenha a ver, que esteja relacionada com a sua vida.

Mais dicas Eu sempre recomendo que antes de vir para uma entrevista ele (candidato) saiba para que vaga ele está concorrendo, que empresa é aquela que busca o perfil dele, porque isso já faz também ele selecionar algumas informações. Se ele vai buscar informações sobre a empresa, que a vaga é se refere, ele vai saber também um pouco sobre a cultura empresa, os valores. Então a melhor maneira é pesquisar sobre a empresa, tentar identificar que situações da sua vida estão correlacionadas, são parecidas com aquela cultura que você pesquisou. Acho que essa é a melhor resposta. Independente do que o recrutador perguntar, responda o que pesquisou e
que de fato aconteceram na sua vida e você valoriza.

O que não fazer

Eu já passei por algumas situações como recrutadora que, ao tentar ser acolhedora e tirar essa posição de superioridade, porque você sabe que a pessoa do outro lado está ansiosa, que é um momento importante para a vida dela, a pessoa confunde isso com intimidade.

Então eu acho que a minha recomendação é cuidado, para quando você tem uma entrevista mais aberta e mais acolhedora para você não se perder e ficar prolixo, deixar de responder coisas importantes porque você vai sair da entrevista e vai dizer “ai, não contei aquilo, não contei aquilo, que fiquei perdido em informações que não eram importantes”.

Cuidado com informações que você traz. Por exemplo, trazer uma briga com o marido, namorado ou o avô ou o pai faleceram recentemente e aquilo te emociona, mexe com você, cuidado. Não pela gente, porque a gente, recrutador, pode até entender que aquele tema ainda emociona a pessoa. Mas você se desestrutura e fala “nossa, chorei na frente do recrutador, está tudo perdido” e aí a sua entrevista não funciona como você gostaria.

Importância da informação

É fundamental. Porque o candidato vai ser cobrado. Hoje a concorrência é tão grande que há um tempo atrás você tinha um curso de datilografia estava tudo certo na sua carreira, você ia ser aprovado. Hoje em dia é inglês, vários cursos, você ter tido experiência fora do país, tem tantos pré-requisitos dependendo da vaga, que o recrutador, selecionador, se permite criar funis para te avaliar. Então a bagagem cultural, que eu chamaria de ter uma visão, estar informado, saber opinar sobre assuntos variados, hoje chega a ser um pré-requisito.




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